segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Natal


Escrevi e perdi.
Não sei do texto.
Pendurava tantas palavras que não encontro, tantos sentidos sem eco.
Perdi.
Entristeci.
Fugiram as ideias vestidas de palavras. Que raio de ideias.
Era sobre o natal...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Impunidade

Os meus alunos, os menos apoiados e/ou educados não sabem, nem querem saber estar na aula. Não ouvem, não aceitam a ajuda, provocam, confundem e panaceiam. INSUPORTÁVEIS.
As estratégias esgotam-se. O "clima" é insuportável.
Culpa não só deles, mas também.
Nada acontece. Eles sabem disso. Caminhamos para uma sociedade na qual já não temos mão para agir. O absurdo instalou-se. Na direcção e nos empreendedores.
Estou cansada.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Estreito e perigoso


A vida continua apesar de tudo. (De tudo, mesmo).
Vilanias de caracteres(o PSD), do governo - a corrução total. o descrédito da classe vigente, o meio tentacular, corrupto e conspurcado até ao âmago.
Que vergonha!
A roda está bem oleada: a falta de valores impera. A sociedade, as pessoas e o sistema patenteiam o que há de mais vil e oportunista.
Não se respeita nada. O esperto lidera; ágil, fortuito e sacana!
O barulho medido a propósito dos escândalos sócio-políticos é estratégia urdida com objectivos baixos de cruzadas contra as pessoas de bem(poucas) que ainda por aí existem.
E todos aqueles se safam. - São equívocos - dizem!
O desemprego, a falência das sociedades capitalistas, baseadas no lucro, capazes de ultrapassar o valor da espécie humana , ombreiam com a literacia política, social e humana instalada.
Já poucos pensam por si. Assemelham-se a pivôs de ambientes pouco úteis, onde o aspecto, o que se mostra e pavoneia supera toda e qualquer verdade que não seja a inventada para a projecção da imagem...
Há os carros e casa de luxo, as férias onerosas, o linguajar melífluo de arrogante. Bem Arrogante. Superior. Qual raça ariana!

Tempos de tristeza e dor.
Desesperança e desespero.

domingo, 4 de outubro de 2009

Corridinho




Pós-eleições.
Perdeu a maioria absoluta, é certo. Mas, faz raiva ver o seu sistema tentacular assanhar-se na ganância do poder relativo, dado, de novo, pelo Povo.Que povo...
Os profs e a Educação perdem. A maioria contrária às políticas de Sócrates tem agora a oportunidade de mostrar o que vale.
Urge tomar posições. A escola pública perde a toda a hora. Os arrogantes ganham poder e dinheiro, a cada segundo.

O ambiente da minha escola está gravemente enfermo. A classe docente foi rejuvenescida. São muitos os novos colegas, prontos a tudo fazer para garantir o trabalho. Quem leccionou dezenas de anos é, quase empurrado a sair, mesmo com prejuízo financeiro. Não admitem que os secundarizem. São peça fundamental da educação dos alunos e marginalizaram-nos e ofenderam-nos.
Perdemos a nossa identidade profissional.
E a legislação imposta já tem seguidores; cães de fila à espera do osso melhor. Fracos.

Tenho aulas nocturnas, matinais e vespertinas. Milhentas papeladas a organizar para as Novas Oportunidades. As tais que só servem para a auto-estima de cada formando e lhe obliteram o justo anseio de melhorar a vida profissional e/ou o direito ao emprego. Rosários do nosso tempo. Amargo, injusto e servil.

domingo, 19 de julho de 2009

Faz de conta


Em férias. Tempo desmarcado. A esteira está velha e gasta, a precisar de remendos. Espraio-me em pequenos nadas filtrando a vontade, a preguiça e, por vezes, a energia sem objectivo.
Das metas para este ano lectivo, realço os exames do meu filho; a sua primeira experiência foi controlada e não demasiado sofrida. Ficou-lhe os planos para a nova estrada que se aproxima. Está voluntarioso, confiante e determinado.
O meu trabalho foi satisfatório e, sobretudo, cheguei ao fim sem grandes aparatos pessoais nem profissionais. Mas revoltada. Com este ECD, esta AD e todas as tertúlias municipalizadas, partidarizadas e, pior, personalizadas. A começar por mim.
Acho-me injustiçada, ultrapassada e marginalizada. Terei os meus defeitos, não o nego, mas procuro ser melhor e mais consciente de mim e dos outros. Não consigo pensar só na primeira pessoa. Facilito-me porventura;quando me disponibilizo para os outros, não penso em mim e tenho desculpa para não pensar nas insuficiẽncias dos dias... Afinal, não serei tão boazinha assim... Escondo os meus erros, falhas e faltas; mas vivo cada vez mais de mim. Contudo, oiço o mais possível, para aprender.
Tanta intranquilidade. A oscilação é o meu movimento pessoal mais sentido.
As falhas do mundo, dos outros, de mim, tudo se conglomera à espera de melhor. Tenho a farpela da vida, do saber ser, do saber estar e rodopio à volta de pouco e muito agir.
Teatro de vida!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Flores


De quando em vez, arranjo e acaricio flores que docemente coloca num espaço familiar, onde alguns dos meus protectores descansam ao ritmo das nossas mãos cansadas e olhos longos de esperas em vão.
Dói sempre este tempo; é simultaneamente triste e aconchegante. O espaço semeia-se de conversas íntimas; o que fiz,o que tenho de fazer, tudo envolto numa correria sem sentido, desesperada e inconsolável.
De volta ao presente, afano-me no revolver do novelo do fim de semana, numa espera de coisa nenhuma ou de uma explosão surda. Arrebatamento contido. E sempre o dealbar do dia que tarda a acordar e que se revira em flashes doces de guloseimas maternais.
Depois esparso-me na fome de tudo, com sabor a nada.
Permeiam-se as sombras vestidas de receios, pintadas de grotescas formas e curvadas, cínicas, rindo, sórdidas da minha alma hesitante.
Já marcada por ventos e marés, presságios afinados, agri-doces, preparo-me para a entrega absoluta a quem de mim se fez, colhendo dos seus poucos anos um belo fruto que revitaliza a minha confiança e fortalece a minha luta!
Incrédula, por vezes me encontro. Não sonhei assim o Tempo.
É preciso ser gente, acordar e encontrar maré...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Concurso


Vários surgiram hoje.Inopinadamente. Um, talvez permita uma melhor segurança familiar. O outro, deixa-me a veleidade de sonhar com a distância, em termos mais concretos, a possibilidade de afagar o meu ego, vulgo, auto-estima. Esta conversa "cheira" muito ao último noticiário da Manuela Moura Guedes, quando comentava as asserções do PM sobre o estado de providência daqueles que se habilitaram à consecução de um Curso CEF. Fantástica a ironia da decantada locutora/jornalista! Isto de nos submetermos a concursos, tem muito que se lhe diga. Então, quando se trata da aprovação/certificação do 9º ano, mercê das competências adquiridas, relacionando-as com as competências aprendidas por um aluno do ensino regular - "é pior a emenda do que o soneto". Já passei por esses pseudo-cursos. Os proponentes aí aparecem na ânsia natural de ascensão social e, na realidade,nada mais têm que um furo defraudado de esperas inauditas. Verdadeiro circo de vaidades. Atropelo dos naturais anseios do comum mortal. Apesar de, estes serem, por vezes, óptimos perseguidores de más práticas e de oportunismos belicosos e invejosos. Má tributação social destes descendentes mafiosos, vaidosos, conspurcados pela fealdade da manipulação consciente de quem sabe e mal usa o que sabe.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Avaliação de desempenho


Já está em andamento o processo de avaliação dos profs que, não satisfeitos na obediência cordeira à tutela, também se acham capazes de pedir aulas assistidas e, desse modo ascender na carreira! (todos sabem como estes avanços são barrados por procedimentos legais impeditivos dessa ascensão(ex. as quotas).
Há poucos meses colegas diziam, em voz alta, que Sicrano(a responsável pela avaliação) não tinha capacidade para as avaliarem. O processo pidesco. impositivo continuou e, elas, de rabinho entre pernas , logo se acharam merecedoras de subida na carreira: entregaram OI e, até acharam ter tempo (que antes negavam ter) para solicitarem avaliação de aulas, sob a orientação e avaliação da tal Sicrano a quem não reconheciam,antes, capacidades para as avaliarem no trabalho pedagógico desenvolvido nas aulas que ministram.!
Incrível! Como se pode ter um carácter tão profano, demagógico, irresponsável, individualista e falso?!
Nunca mais as olharei sem pensar na falsidade e fraude que representam.
Gente assim não devia ser professor. Devia vergar-se humildemente junto das outras ervas daninhas e sujeitar-se - aí sim - à sua verdadeira sorte.

Pesar maior.- O Director está eleito! Não sei se a maioria absoluta se instala no quadro da escola ou se vai haver contra-poder... Note-se que a experiência da maioria absoluta, fraudes, compadrios, corrupção e outros males, já os conhecemos deveras no actual espaço político nacional!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O trabalho


As coisas mexeram um pouco. Os poucos colegas que se preocupam com a Direcção da Escola, ficaram de orelha alerta. Há uma Mulher-Colega-Professora que se postou à frente da batalha, qual Nuno Álvares Pereira. Esta árvore tem mais fruto que o dito.
É forte arrojada, consciente, honesta, humana e frontal. No trabalho, representa uma frente libertadora. Somos, apesar de tudo poucos os resistentes. Mas, acreditamos,que somos juntos um olhar verdadeiro sobre o fazer de uma educação escolar pautada pela vontade de ensinar, de aprender, no dia a dia a lidar com jovens sós, entregues a famílias ausentes, por razões pesadas demais para tão parcos conhecimentos e tanta ânsia de ser gente equilibrada. A sociedade está desmembrada e "des-solidarizada" em demasia para se entregar à tarefa de dar sentido e forma aos rebentos que a constituem. É difícil acolher na Escola uma criança que cresce todos os dias sem amparo afectivo e material. Sobram-lhes ângulos; difícil, arredondá-los.
A Tutela é cega, tal como a justiça. Preenche parâmetros aos seus executores que afinam pelas percentagens, com o rigor cínico dos números. Claro, que as palavras, sem a justeza da sua aplicação, podem ser demagógicas, atiradas ao vento. Mas, tais extremos só podem topar na injustiça para os mais frágeis e panaceia política dos seus paridores.
Intempéries.

O dia do trabalhador


Cheguei a tempo do desfile. Vi o meu sindicato representado, por alguns colegas. Apesar do dia feriado, as caras dos presentes apadrinhavam uma expressão de preocupação, de um esforço de luta, de luta contra quem lhes mexe e remexe na vida. O desengano dos dias escurece e empalidece quem por ali passa e nem os acordes do hino da CGTP foram suficientes para ornar os nossos sonhos de uma sociedade justa, equilibrada, com trabalho para todos, saúde e educação. Os mais jovens sobressaíram, irreverentes na força da idade. Os mais velhos expandiram um sorriso calmo e sábio de quem sabe estar perto de outros seus iguais...

As notícias presentearam-nos com as últimas novidades. A epidemia da gripe (mais medos), os desfiles nalgumas capitais de distrito e o cabeça de lista , pelo PS, Vital Moreira, foi mal recebido no 1º de Maio, em Lisboa.É assim, quem anda à chuva molha-se! As pessoas não saem impunes daquilo que fazem! Há que ter consciência. Nem todos nos vendemos. Nem todos têm má memória. Ainda bem que houve gente que teve a coragem de lhe dizer que não era bem-vindo naquele espaço, uma vez que ele traíra as mais elementares regras do bom senso e da luta pela justiça social. Aí vai ele de rabo alçado para a UE. Grande "tacho"!

sábado, 25 de abril de 2009

Ainda a Festa de Abril

A TV
Mostrou imagens do púlpito político. Havia Cravos. Muitos. Há já muito tempo que não via tantos neste dia da Revolução. Aliás, revolução é palavra desusada. Soa a coisa feia, suja, dos fracos, dos pobres ( talvez de espírito). Hoje, vende-se a imagem, o belo, o grosseiramente belo. Tudo o que cai num curto espaço de tempo. O corpo. Impera a prostituição. Mais grave, a da alma.

Há outras coisas belas, que não se mostram. São sugeridas, percepcionadas levemente e tanto prazer podem dar! Fruto da inteligência e sensibilidade, só os ricos de espírito as percebem e têm o encanto de as sentir.

Ouviu-se cantares de Abril, esmifrados em poses e requebres sonoros barulhos e aquém da originalidade genética. A qualidade musical regrediu hoje quando se cantava Abril - sinal dos tempos. " Tudo esmorece e cai no ar".

Não pude acompanhar colegas de pulsar idêntico, Hoje. O Tempo tem as suas falácias!

Já passou a meia-noite. A princesa tornou-se abóbora.

25 de Abril


Não estão muito harmonizados os meus cravos. Trouxe-os, ontem, da florista habitual. Estavam escondidos dos olhos dos compradores...Curiosa, perguntou, suave, a razão da escolha...
Continuam curvados nas duas jarros onde os plantei. Parecem envergonhados daquilo que simbolizam. Pobres deles.

Tenho saudades d'outros 25 de Abril. Eram mais alma, esperança e crença na vontade de, em conjunto, construirmos com a nossa parcela: Saúde, educação, trabalho, paz, equilíbrio social, nada de grandes diferenças.
O nosso Primeiro até é suspeito de suborno, tráfico de influências, ..., os Bancos dos Ricos comem as fortunas dos incautos - d'os espertos - e, o Povo, paga, com impostos de toda a ordem e sem direito a ripostar, porque, se falha é, célere, julgado e preso.
Vivemos na pequenez de espírito e no granjear do desfalque. Abúlicos. A lei da rolha, impera. Parece que a ausência de valores, intercepta a capacidade de raciocínio.
Há que não ter medo. Há que sermos responsáveis por nós e todos. É impossível continuarmos dobrados pela cintura e de cabeça arreada.

Os meus cravos estão curvados e os meus olhos sedentos de águas mil.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Xutos e Pontapés


Adorei ver no "you tube" o novo tema dos "Xutos". É óptimo sentir que há mais gente a esgravatar a raiva. Sinto que não estou só. Há mais gente a protestar. Esta terra em que se vive, cheira demasiado mal. A corrupção é sórdida e grotesca. a governação é escancarada e pertence à famíia da pata que os pôs!
A melodia é branca como as marcas dos supermercados. É tão rasteiramente monossémica que não há hipótese de se confundir com um escândalo da Paris Hilton .
Fixe.
Avante, camaradas. Cheira a cravos e não há mais rosas. Desfloriram. É do tempo.
Quero ser pertença deste novo tempo; a batida, a minha eira, à beira da vida.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

retorno

Há já demasiado tempo que não escrevo, não falo de mim. Esta vozinha interior não pára nunca de me circundar o pensamento e ironizar das minhas decisões, rindo sarcástica, das minhas hesitações.
Tento controlar o trabalho com o meu grupo intímo, que comigo coabita, para além das tarefas de casa que demais me debilitam. Encontrar o equilíbrio, é obra! Depois, devo sossegar o espírito, não entrar em pânico como tantas vezes acontece.
Nesta pausa escolar colaboro com o sonho, o sono, a letargia e algumas dicas de atitude que procuro não fiquem demasiado vivazes para o tal estado zen que busco. Suponho ganhar novas forças para a batalha do 3º período: A política e a laboral.
Longe de me sentir acomodada e tão perto das incertezas procura não sofrer muito, tornar-me mais cerebral para entender as contradições grotescas do Mundo.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Mestre / arquitectura

R. obteve o grau de Mestre em Arquitectura, ontem.
Hoje, soube que vai fazer estágio, a partir de segunda.
Não sabe se será remunerada durante um ano.
A incerteza do emprego é grande. Tal como a sua independência financeira.
Longe de estereótipos, anseia, contudo(parece-me), ter um espaço compartilhado de uma forma íntima.
Terá de autenticar no mundo do trabalho, as suas competências,( naturalmente);que tem um diploma, certificado de habilitações e inscrição na Ordem, provas essas que lhe custarão o que ela ainda não pôde ganhar!
É pintora com provas públicas provadas.
Genial no artesanato.
Frequenta outro Curso Superior - Restauro, com excelente aproveitamento.
É boa filha, pilar importante da família.

O que lhe falta para poder ser um elemento mais útil a si e à sociedade? - Enquadramento social; posição familiar conceituada, conhecimentos na área político-financeira adequados para ser sugada, leia-se, usada, para usufruto de endinheirados, gestores e quejandos, languidamente sentados em poltronas acetinadas, sábios defensores da Moral, exímios desempregadores e deslocalizadores de empresas, e outras coisas mais.

Não acordes já! Espera mais um pouco, para que "de teus olhos possas colher doce fruito"(Camões).

Mimos de uns olhos mais amargos...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Desemprego

Há tanta gente a ficar desempregada! Que farão a seguir?
Sem duvida que, para além de uma prostração, depressão e revolta há que arranjar forças para reagir e sobreviver.
Como é possível que ao fim de muitos anos de trabalho(a maioria) aconteça um tropeção assim na vida de cada um?

Gosto de ensinar, mas estou cansada de tudo que cerca o processo.
Se viesse desempregada também não teria a hipótese de pagar os meus compromissos mensais. Contudo, o que mais desejo é parar o meu trabalho.Mas,como inverter uma situação de stress, seja ela inesperada ou não?
Temos que conseguir ser inventivos e tentar furar a catadupa de ansiedades, metamorfoses sociais e económicas . É complicado, dado que a nossa vontade é mais frágil que um sopro de vento.
Acho que a resolução destes problemas profissionais passam pela necessidade de haver uma base sócio-política estruturante que permita a evolução social e, depois, o intervir individual.

Atrai-me a política...
Acho apaixonante pensar no Homem como um ser eminentemente social a quem é preciso conceder(o estado) um tecido básico ,onde, mercê das suas capacidades, emerjam os seus actos individuais.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Idade

Fiz 51 anos. Estou em peri-menopausa. Tenho mudanças de humor frequentes e uma latente irritabilidade, aparelhada a uma profunda consciencialização da imperfeição de todo o ser humano. Pareço-me magnãnima (imodesta?).
A tiróide está alterada. Muito. Os níveis estão altíssimos. Um gânglio assediou a garganta(atrevido).
O peso atingiu plano de obesidade.
Sobram consultas e remédios. Chato!
Preciso divertir-me, rir, brincar. Tentar viver com calma, experimentar momentos de alegria,sem pensar que preciso fazer manigâncias para que o orçamento doméstico seja extensível...
Dispor-me a sair, ver o acontecer dos dias, imaginar noites e.... ser feliz.

Que tolice toda esta treta.

O.I.

Foram muitas as colegas que entregaram os objectivos individuais. Por medo. muito medo.Medo de sofrer.
Achava-me eu, assustada e com medo. Estava era demasiado desiludida com o percurso profissional. Entrei para a função pública com determinados parâmetros de evolução na carreira e traíram-me. Mentiram-me. Fiquei deserdada nas minhas naturais esperanças e projectos de vida, a médio e longo prazo. O Estado não é pessoa de bem. Não só não podemos confiar no que dizem, como não podemos confiar no que escrevem, pior, legislam!
Fiquei doente. Desequilibrada com tanto arrojo, falta de vergonha. Apetecia gritar até as divindades me ouvirem e quebrarem, com seus raios fulgentes, tanta ignomínia!
Sofre-se tanto numa depressão. depois a vida perde o sentido. Como se as nossas raízes afectivas desaparecessem. Tudo se esvai na memória descontente e acéfala.
Mas,afinal, não sou diferente. Não sou doente, nem depressiva. Sou apenas atenta e honesta. Cumpro e revolto-me quando me trapaceiam, pisam, ofendem e, sobretudo, me intimidam!
Burros, alguns srs. professores. Permitem que os enganem. De rabinho entre as pernas, lá entregam os seus O.I. - Que arreceio.... - diria Gil Vicente, divertido.
Vejamos se têm alguma réstia de coragem e coerência para fazerem greve dia 19 de Janeiro 2009...
Afinal, porventura estão tão inquinados quanto o resto do país. Será?

domingo, 11 de janeiro de 2009

Aniversário51

Foi ontem.
Correu bem.
Estive com a Família que tanto amo e me protege. Sou feliz por isso. Claro que sinto a falta dos que partiram. Estão sempre presentes, faltando, contudo, o abraço e a sensação de segurança que eles tanto personificam.
Mas existem dentro de mim e desta pequena família que nós construímos.

Quero manter as forças para o trabalho e a vida difícil que tanto nos apoquenta. Bem sei que a falta da juventude, dos sonhos desmaiados e da crueza da claridade diária, tutela a nossa maior vontade, impedindo-nos, pela força dos ventos contrários, de ter ânimo para redesenhar outros dias mais felizes. Esta outra realidade começa a ser um mito e, nós, pequeníssimos adamastores demasiado curvados para afrontar quem nos ofende e trai.

Já tenho algum tempo de vida e uma história anónima para contar...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ainda, NÂO

Vou dizer não ás exigências da tutela.
Não Não.....

Não quero ser manipulada na minha liberdade individual, nem nos meus direitos laborais.
Não pactuo com sistemas viciados.

Vou parar. Senão morro.
Não aguento.

não dizer NÃO

Quero deixar de ser negativa. Usar só frases afirmativas. Saber enunciar o que sei e o que ... sei.
desculpem. ... consigo.

... sou tolinha.

Apetece escacar tudo. Perder o medo dos poderes e ser livre. Contar, esborrachar na elegância idiota dos outros, os vulgares, ordinários, o que eles sabem bem fazer e, pior ainda, acham normal porque fazem pior. Estoirar-lhes a cabeça com tantas palavras ofensivas , que , de tão habituados, achariam tratar-se de alguma alegria desenfreada.

São esses os cotados, os que pavoneiam vaidades vazias. E são alegres, têm amigos a monte para usar e descartar a propósito /despropósito.

Apetece partir , sem sair do sítio...só pq tenho raízes.

Cheia da falha, falta, insuficiência,farta de não....

Desisto!

N Â O !!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ano lectivo

O Ano não começa para mim. Estou a 2 terços do final do ano lectivo. É a continuação de esforços e estratégias de aprendizagem que se aplica a cada um dos alunos caídos em rifa...
Tão acéfalos, a grande maioria. tão longe de realidades, tão longe dos acontecimentos que os rodeiam e que destinam, hoje, o seu amanhã!

Continuam as vicissitudes no trabalho; ninguém sabe que rumo tomar nas decisões atropeladas do Ministério. Hesita-se, pergunta-se,... pobres dos professores. Somos tão pequeninos, tão inseguros, atrofiados pelo medo de perder o ganha-pão(e o estatuto). Já ninguém é o SENHOR PROFESSOR.

Amanhã volto a entrar cedo(como todos os dias). Dói o corpo e a alma. O sono afasta a destreza. O frio encolhe o espírito. Eles, os alunos, acordam com as hormonas aos pulos e lá se esfregam no primeiro quentinho que aparece, nem que seja os bolsos.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Re-ingresso

É amanhã que volto ao trabalho. Sinto a cabeça leve e o corpo descansado. Vou passar a ter horários rígidos, a cumprir todos os dias, mais aqueles que têm a ver com reuniões fora de horas.

É o meu trabalho. Escolhi-o há 30 anos. Não sabia que: - tenho frio nas salas de aula e - dou aulas de casaco,(os meninos ainda mais), - quase não tenho tempo de comer algo a meio da manhã, porque toca a campainha e já não dá para ir à casa de banho, apanho chuva de 90 em 90 minutos e tantas outras chamadas da minha atenção que o frenesim diário, embaraçado na didáctica, no rigor na educação cívica, na produção arrumada de saberes, me desgastam de tal modo que logo me esvaio.

Acho que me consideram, ou frágil(na melhor das hipóteses), ou mimada, ou incapaz!

Se trabalhasse na CGD se calhar tinha direito à aposentação por invalidez e, garanto, não ia trabalhar para mais lado nenhum!

Continuaria a escrever: isso é que era!

Bom Ano para todos os que amo, respeito e considero, amigos e leitores.