sábado, 25 de abril de 2009

Ainda a Festa de Abril

A TV
Mostrou imagens do púlpito político. Havia Cravos. Muitos. Há já muito tempo que não via tantos neste dia da Revolução. Aliás, revolução é palavra desusada. Soa a coisa feia, suja, dos fracos, dos pobres ( talvez de espírito). Hoje, vende-se a imagem, o belo, o grosseiramente belo. Tudo o que cai num curto espaço de tempo. O corpo. Impera a prostituição. Mais grave, a da alma.

Há outras coisas belas, que não se mostram. São sugeridas, percepcionadas levemente e tanto prazer podem dar! Fruto da inteligência e sensibilidade, só os ricos de espírito as percebem e têm o encanto de as sentir.

Ouviu-se cantares de Abril, esmifrados em poses e requebres sonoros barulhos e aquém da originalidade genética. A qualidade musical regrediu hoje quando se cantava Abril - sinal dos tempos. " Tudo esmorece e cai no ar".

Não pude acompanhar colegas de pulsar idêntico, Hoje. O Tempo tem as suas falácias!

Já passou a meia-noite. A princesa tornou-se abóbora.

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