segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Velhice


Não tem nada de bonito a velhice.
Apelamos à importância do Saber, da Experiência, da Temperança, mas as marcas das rugas, a cor acastanhada e enrugada da pele, o corpo lasso, curvo e frágil, não são espectáculo bonito de se ver. Escapam aspectos limpos e desempoeirados, perde-se a visão e o rasgo intelectual. Sentimo-nos abandonados e impotentes. Vemos e pressentimos que já não somos parte activa da vida.
O corpo respira, mas sem vigor. O sofrimento da vida não vivida é penoso. As insuficiências e decepções marcam como se se tratasse de um ferro quente.
Não há voltar atrás.
Passou o Tempo. A única coisa certa da vida.

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