sábado, 21 de agosto de 2010

Pânico

O meu sistema nervoso revolta-se. Torce-se de raiva, dor e irritação. salta-me o peito, o coração acelera, a garganta entope; falha o ar, rareia e preciso de elevar o dorso e a alma para extrair o ar que me tranca a fala. Transida de falta, falha, adivinha-se o soluço seguinte: cresce o calor físico, desemboca nas narinas e boca e, algumas, poucas, vezes, surge o grito amarrado, calado, as pernas que estrebucham de inquietação e o frémito do corpo que se espasma num pânico intenso, desmedido que me impelem na procura de ajuda: o copo de água, o respirar aceso da angústia que arde e desatina. O frasco dos calmantes.

Momentos depois, adormeço na dormência do corpo que quebra.

Acordo. Acordo sempre. E, continuo a vida que está ainda ali, à minha espera com as patranhas que prepara para me alucinar.

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