sábado, 27 de dezembro de 2008

Sentir(es)

Não sei se por ser Natal, sinto-me mais nostálgica, fraterna - muito embora odeie a caridadezinha...!
Continuo a pensar que os problemas sociais se resolvem por acções conjuntas e acertadas dos diferentes sectores sociais que criam e transformam, para o bem comum, riquezas naturais e humanas.

Sou fruto de uma educação queirosiana, onde o ambiente social em que se cria e a educação liberal em que se inscreve a sua formação, tinha como resultado a assumpção de um ser profundamente ético, defensor de valores e princípios que o transformavam em entidade sensível, verdadeira respeitadora de normas sociais conformes a um desenvolvimento psico-social muito próximo do perfeito.
Pese embora, o pessimismo latente, sou alguém que se revê no naturalismo de Émile Zola e, na actualidade, com "um saber de experiência feito", assumo a impossibilidade de pertencer a uma época onde tudo e todos (ou quase) se tabelam pela ignorância, iliteracia, insensibilidade e incompetência. Sofro não só pelas injustiças,antes pelo roubo, saque, dos "colarinhos brancos" de uma democracia azougada, corrupta e branqueada pelo poder instituído.

Por que sofrer, se já acordei para estas manhãs que não são de Abril?
Será que a esperança é mesmo a última a morrer?

(Cuidei que não a tinha... a esperança... já posta em suave e passado chão!)

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