sábado, 21 de agosto de 2010

Tristeza

Esta tristeza que me acabrunha e limita. Entope o cérebro, baralha-me o sentir, o pensar, a memória. ( Dizem-me que não vivo, não apreendo a vida, porque não tenho memória)

É tão grande a minha vontade de desistir de viver. Parece que atrapalho. Quem? Os que me cercam mais de perto.

Sinto-me inhábil para a vida. Não pareço ser grande coisa...

E sou pouca coisa como pessoa. Não me reconheço naquilo que me imaginava ser. Estou aquém.

Falta-me algo semelhante à necessidade do ar para respirar. ... (Serei eu que me faço falta?)

Preciso da bengala dos antidepressivos. (Será?) E os calmantes? (Será?) E, depois a memória ressente-se, porque esqueço! Mas, por outro lado, sem isto, não consigo sossegar e aparentar ser uma pessoa normal: calma, com tempo para tudo, sem ataques de pânico....

Que confuso e insuficiente é viver!

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